Wesak
(a partir do nome do segundo mês do calendário hindu) celebra principalmente o
evento de três etapas na vida de Buda - Nascimento, Iluminação e a grande
Morte. O evento acontece na lua cheia do mês lunar Wesakha, que cai entre abril
e maio no calendário gregoriano. Wesak é também conhecido como Visakah
Puja Purnima
ou Buddha na Índia, Visakha Bucha na Tailândia e Wesak no Sri Lanka.
Primeiramente
um feriado budista Theravada, o dia de Wesak é comemorado com mais vigor na
Tailândia, Índia, Sri Lanka, Camboja, Indonésia, Myanmar (Birmânia), Vietnã,
Laos e por budistas em alguns países ocidentais. O dia de Wesak é usualmente um
feriado público nestes países do Sudeste Asiático.
Para
aqueles que não seguem a fé budista, o nascimento e a iluminação de Buda também
é da maior importância quando se considera a contribuição única feita por Ele
há 2500 anos, para os diversos ramos do conhecimento moderno. Não é de se
admirar então que as mentes brilhantes e pensadores do Oriente e do Ocidente
inclinam suas cabeças em sinal de reverência e reconhecimento a Gautama, o
Buda, como o maior homem que já nasceu, incomparável, a maior combinação de
mente e coração que já existiu.
historia
Foi numa
manhã de lua cheia do quarto mês lunar, que corresponde quase sempre ao mês de
maio, que nasceu como um príncipe, Siddhartha Gautama.
Conta-se que numa Lua Cheia de maio, nasceu Siddharta, filho do Rei Suddhodana e da Rainha Maia. O rei sentiu que todos os seus desejos estavam realizados com o nascimento do filho Siddarta Gautama, que significa “Aquele que realiza os desejos” ou “Desejo realizado”
A mãe de Siddhartha faleceu uma semana após o seu nascimento e
passou a ser criado por sua tia sua tia Mahaprajapaty. Seu pai não desejava que
Siddharta visse o lado negativo da vida, lhe propiciou treinamentos especiais
em literatura e artes marciais. Ele dava tudo a ele para que não se
interessasse em conhecer a realidade da vida.
Quanto tinha 16 anos concordou em se casar escolheu Yasodhara
para ser sua esposa e tiveram um filho, Rahula. Durante anos o príncipe viveu
protegido dos sofrimentos da vida, dentro do palácio. Cresceu como um nobre,
entre prazeres, mas sempre seus pensamentos voltavam-se para o problema do
sofrimento, tentando compreender o verdadeiro significado da vida.
Ao completar 29 anos, pediu a um dos guardas que o levasse para
conhecer a Cidade. Eles escondidos saíram. A primeira coisa que viu Sidarta,
foi um triste e velho mendigo pedindo esmolas e conheceu a realidade da
velhice.
No quarto encontro impressionou-se ao encontrar um monge errante
que mendigava alimento, e notou um expressão serena, tranqüila e feliz em seu
rosto, e viu o desapego.
A segunda foi um doente ardendo em febre e conheceu a realidade
da doença.
A terceira foi um viu um homem morto numa pira funerária e
compreendeu a realidade da morte.
Ele viu a velhice, a doença e a morte.
Ao voltar para o palácio ele vê um velho monge, com a cabeça
raspada, vestido com um velho manto, alimentando-se do que as pessoas davam a
ele. Sómente ele parecia ter encontrado o significado, o sentido da vida.
Impressionou-se ao ver o monge errante com uma expressão serena e feliz ,
conheceu desapego.
Na noite seguinte Sidarta abandona o palácio em silencio,
deixando sua esposa e filho. Raspou sua cabeça, cobriu-se com um manto e partiu
para a floresta em busca da resposta para os sofrimentos do mundo. Fez longas
viagens, aprendendo com mestres e homens santos.
Recolheu-se floresta, fazendo rigorosa disciplina ascética por 6
anos. Nesse período, alimentava-se comendo apenas um grão de arroz ou uma
semente de gergelim há textos que digam que foi uma semente de cânhamo.
Praticava a redução da respiração, e foi ficando com um corpo
raquítico, parecendo morto.Até que um dia atravessando exauto, com dificuldade
um rio, deitou-se enfraquecido na margem, conta uma história que passou um
barco por ele, onde um professor de citara ensinava a seu aluno:
Se esticar demais a corda ela arrebenta...se deixá-la frouxa ela
não faz musica.
Essas palavras soaram como uma grande verdade na alma de
Sidarta, Uma mulher da Vila que passava por ele, Sujata, lhe ofereceu uma
tigela com alimento e ele aceitou. Os seus discípulos ao verem se alimentando,
sentiram-se traídos e o abandonaram.
Ele levantou e sentou- se sob uma árvore (figueira) e meditou
profundamente. Nas suas visões enfrentou demônios, a ilusão, os desejos.
Meditando na árvore do conhecimento, a Árvore Bodhi, Para
testá-lo, o deus Mara (Rei dos demônios) enviou três de suas filhas, O demônio
representa o mundo terreno (ego) das aparências, e tentava passar-lhe dúvidas,
mas ele argumentava com Mara que sua vida tinha ganho novo sentido e que ele
não se apegava aos desejos. E Mara disse a ele para entrar logo no Nirvana, o
que lhe trouxe certa dúvida, mas percebeu que o seu bem estar não estava acima
de compartilhar uma consciência mais elevada com as pessoas.
Enquanto meditava. Mara, sabia que seu poder para desvirtuar a
humanidade estava ameaçado. Durante a noite, muitas distrações surgiram, sede,
luxuria, descontentamento e distrações de prazer. E ao longo de Sua
concentração meditativa, Ele foi tomado por visões de incontáveis exércitos
atacando-O com as mais terríveis armas. Mara enviara um exército de demônios
para destruí-lo. Mas por causa de Sua meditação indestrutiva Ele pode converter
negatividade em harmonia e pureza, as flechas lançadas se transformaram em
flores.
Então Mara envia três tentações, suas três filhas : o Desejo,
Prazer e Cobiça, que se apresentaram como lindas mulheres, ardorosas para dar e
receber prazer, apareceram, como belíssimas mulheres, para distraí-lo ou
seduzí-lo. Outros assumiram formas de animais ferozes. Mas seus rosnados,
ameaças e qualquer outra tentativa foram em vão para tira-lo de sua meditação,
ele permaneceu imóvel, sentado em um estado de total meditação, alcança todos
os graus de realização, adquirindo o conhecimento de todo o Seu ciclo de mortes
e renascimentos. A terra tremeu e uma chuva caiu de um céu totalmente sem
nuvens em resposta à Sua suprema conquista.
Com o amanhecer Ele se levantou como Buda ou "O
Iluminado", numa noite de Lua Cheia de maio, com a idade de 35
anos. Seus desejos e sofrimentos haviam terminado e como Buda, o Iluminado,
Aquele que Despertou experienciou o Nirvana.Teve a compreensão que todos os
sofrimentos provém de ilusões e por as pessoas não compreenderem que dentro de
si está a iluminação, o Buda.
Ele compreendeu que o sentido da vida não era encontrado nem
numa ilusão do palácio e nem numa vida miserável. Que existia um caminho do
meio, compreendeu que a vida se estende por todo o universo, do passado até o
futuro. Compreendeu a essência da vida do universo, e que sua vida fazia parte
dela. Ele teve consciência total do destino (lei da casualidade) de toda a
humanidade e fundou o budismo na história espiritual da humanidade.
Com a iluminação, ele encontrou a forma de superar os
sofrimentos humanos - o nascimento, a velhice, a doença e a morte.Pregou por 45
anos o Caminho do Meio, o Caminho do Dharma, através das 4 nobres verdade:
No Pico da Águia,(distante da cidade), pregou diversos ensinos e
os compilou no que seria o Sutra de Lótus, seu mais elevado pensamento,
ensinado durante seus últimos oito anos da vida.
Conta-se que faleceu aos 80 anos, ingerindo um alimento
estragado. Ele sabia que iria morrer e chamou seus discípulos, e disse: Agora
basta, é o momento de partir.
"Depois
virou-se para os seus discípulos e quis saber se alguém tinha alguma dúvida.
Ninguém disse nada. Três vezes fez a pergunta, mas todos permaneceram em
silêncio. Disse então suas últimas palavras:
"Tudo
que foi criado está sujeito à decadência e à morte. Tudo é transitório. (A
única coisa verdadeira é: Trabalhem a própria salvação com disciplina e
paciência."
Buda
morreu sorrindo. Seus ensinamentos, espalharam-se no mundo todo.
Eventos
sagrados da temporada da Lua Cheia de Wesak classificados da seguinte maneira:
O
nascimento do Buda, como príncipe Siddhartha, aconteceu neste dia em Lumbini,
em Kapilavastu (Nepal moderno).
O
asceta Siddhartha Gautama atingiu a Iluminação suprema neste dia em Buddha Gaya
sob a árvore sagrada Bodhi.
O
grande falecimento do supremo Buda (Parinibbana) aconteceu em Wesak no dia de
lua cheia em Kusinara. Em termos de evolução do Supremamente Iluminado, no
decurso da sua migração em Samsara (ciclo de renascimentos), a lua cheia de Wesak
possui uma enorme importância.
O
aspirante a Buda, na sua existência como Sumedha asceta, recebeu sua
confirmação da obtenção do estado de Buda por Buda Dipamkara num dia de Lua
Cheia.